quinta-feira, 27 de junho de 2013

Ciências no Ensino Fundamental

Ciências no Ensino Fundamental 


Os temas em Ciências podem ser muito variados, pois há assuntos sobre o ser humano e o mundo que podem e devem ser investigados em aulas de Ciências Naturais ao longo do primeiro grau. Existem temas já consagrados — como água, poluição, energia, máquinas, culinária. Tratados como temas, esses assuntos podem ser vistos sob os enfoques de diferentes conhecimentos científicos nas relações com aspectos socioculturais.
        A formação de um cidadão crítico exige sua inserção numa sociedade em que o conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais valorizado.
     Neste contexto, o papel das Ciências Naturais é o de colaborar para a compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem como indivíduo participativo e parte integrante do Universo.
    Os conceitos e procedimentos desta área contribuem para a ampliação das explicações sobre os fenômenos da natureza, para o entendimento e o questionamento dos diferentes modos de nela intervir e, ainda, par compreensão das mais variadas formas de utilizar os recursos naturais.
    A primeira parte deste documento, voltada para todo o ensino fundamental, apresenta um breve histórico das tendências pedagógicas predominantes na área, debate a importância do ensino de Ciências Naturais para a formação da cidadania, caracteriza o conhecimento científico e tecnológico como atividades humanas, de caráter histórico e, portanto, não neutras. Também expõe a compreensão de ensino, de aprendizagem, de avaliação e de conteúdos que norteia estes parâmetros e apresenta os objetivos gerais da área.
       A segunda parte contempla o ensino de Ciências Naturais, direcionada às quatro primeiras séries do ensino fundamental, fornecendo subsídios para seu planejamento, apresenta objetivos, conteúdos, critérios de avaliação e orientações didáticas.
      Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem significa afirmar que é dele o movimento de ressignificar o mundo, isto é, de construir explicações norteadas pelo conhecimento científico.
        Os alunos têm ideias acerca do seu corpo, dos fenômenos naturais e dos modos de realizar transformações no meio; são modelos com uma lógica interna, carregados de símbolos da sua cultura. Convidados a expor suas ideias para explicar determinado fenômeno e a confrontá-las com outras explicações, eles podem perceber os limites de seus modelos e a necessidade de novas informações; estarão em movimento de ressignificação.
    Mas esse processo não é espontâneo; é construído com a intervenção do professor. É o professor quem tem condições de orientar o caminhar do aluno, criando situações interessantes e significativas, fornecendo informações que permitam a reelaboração e a ampliação dos conhecimentos prévios, propondo articulações entre os conceitos construídos, para organizá-los em um corpo de conhecimentos sistematizados.

São quatro os blocos temáticos propostos para o Ensino Fundamental:                             


Ambiente;                                              Recursos tecnológicos


   Conforme o PCN o ensino de Ciências Naturais deverá se organizar de forma que, ao final do ensino fundamental, os alunos tenham as seguintes capacidades:


  •      Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;
  •      Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;
  •      Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
  •      ›Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
  •     saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
  •      Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
  •      Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva;
  •       Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.

  • Segundo Kindel (2012):
    [...] as ciências revelam sua importância na escolarização inicial, permitindo à criança de seis ou dez anos, conhecer melhor seu corpo e as “metamorfoses” biológicas e culturais pelas quais ele passará”. (p.20)
Sugestões de atividades
Turma: 4º ANO
POR QUE A VELA APAGOU?
OBJETIVO: identificar a presença do oxigênio;
MATERIAIS: Água, anilina, copo de vidro grande; fósforo; prato raso, vela.
COLOCANDO EM PRÁTICA:
Com o auxilio do professor o aluno colocara a vela  acesa no centro do prato e adicionar um pouco de água colorida com a anilina no fundo. Em seguida, os alunos vão posicionar o copo com a abertura virada para baixo sobre a vela acesa. Em alguns minutos, a chama se apagará e a água irá entrar recipiente.
ENTENDA COMO ISSO ACONTECE
O fogo se apaga pois ele só existe onde há oxigênio, quando a vela é coberta pelo copo, a chama começa a queimar o pouco deste gás que restou dentro do recipiente, uma vez queimado forma-se um vácuo que “puxa” a água para ocupar o lugar que era preenchido pelo oxigênio.
Através desta experiência, comprova-se a presença do oxigênio no ar, um gás que constitui cerca de  21% da atmosfera, é incolor, inodoro, insípido e indispensável a quase todas as formas de vida.
Turma: 2ºano
TÁ QUENTE? TÁ FRIO!
Com uma bexiga, um pouco de água e uma garrafa plástica, os alunos observam o que as diferenças temperaturas podem causar.
OBJETIVO:  
-Identificar os estados líquido e gasoso da água ;
 -Perceber os efeitos da mudança de temperatura;
MATERIAIS: água gelada e quente, bexiga; garrafas plásticas vazias sem rótulo; gelo; recipiente médio.
COLOCANDO EM PRÁTICA
›  Colocar sobre uma mesa, lado a lado, uma vasilha cheia de água gelada e outra com água quente. Entregue uma bexiga e uma garrafa plástico para cada aluno. Oriente-os a colocar o balão, ainda vazio , no gargalo da garrafa. Então, mergulham a base dela na água quente e deixam-na naquele local por 10 minutos. Eles verificarão que a bexiga começará a encher. Depois serão instruídos os alunos a colocar a mesma garrafa na água gelada. Elas irão observar que o balão começará a esvaziar. 
ENTENDA COMO ISSO ACONTECE 
Isso ocorre porque o ar quente que entra na garrafa vai se expandindo e, quando esfria, o balão murcha. Calor: forma de energia que se transfere de um sistema para  outro por uma diferença de temperatura entre os dois. Frio: objeto ou local  que perdeu calor ou que não o  apresenta.
  Turma:5º Ano 
Como funciona um motor elétrico
Objetivos 
- Descobrir como funciona um motor elétrico. 
- Saber como a energia se transforma em movimento.
 
- Conhecer fontes alternativas de energia.
 
- Despertar o interesse por economia de energia.
 
- Entender a importância das regras de segurança ao lidar com eletricidade.
 
Conteúdos
- Energia elétrica. 
- Energia cinética.
 
- Forças magnéticas.
 
Material necessário 
   Um pedaço de fio esmaltado (aproximadamente 1 metro de fio número 26, que pode ser encontrado em lojas de material elétrico), uma pilha, dois clipes de metal, um ímã (com campo magnético intenso, que pode ser retirado de alto-falantes velhos, por exemplo), lixa ou tesoura e fita-crepe e um suporte de madeira.
Colocando em prática 
 Montagem do motor da seguinte maneira: 
1) Enrolar o fio de cobre em algum objeto cilíndrico (pode ser um rolo de papel higiênico). É importante deixar duas pontas livres, ou seja, cerca de 5 centímetros de fio em cada extremidade. Com uma lixa ou uma tesoura, raspe todo o esmalte de uma das extremidades do fio. Na outra extremidade, raspe apenas o esmalte de metade.
 
2) Abra os dois clipes de metal. Eles servirão de apoio para colocar a estrutura de fio de cobre sobre a pilha. Para que a pilha fique sobre a superfície sem rolar, você pode prender um clipe com fita-crepe ou apoiá-la numa estrutura de madeira.
 
3) O ímã pode ser fixado na própria pilha ou apoiado na estrutura de madeira;
 
4) Para fazer o motor funcionar, basta apoiar o fio de cobre sobre os clipes e dar uma leve girada nele com os dedos.
Por isso acontece
Quando circula corrente elétrica pelo fio de cobre, ele funciona como um ímã e é atraído ou repelido pelo ímã próximo, fazendo com que ocorra o movimento. Se desejar, você pode exibir  os videos como montar um pequeno motor elétrico : Cambalhota Ciências-Motor Elétrico  (www.abr.io/motor1) 


REFERENCIAS:
BRASIL.Parãmetros Curricilares Nacionais. Ciências Naturais.2 Ed.-Rio de Janeiro-RJ:DP&A,2000. 
KINDEL, Eunice Aita Isaia. Prática pedagógica em Ciências: espaço, tempo e corporeidade. Erechim: Edelbra, 2012.


ESCOLARES, Projetos.Ensino Fundamental. Ano 1.Nº9.São Paulo-SP.On Line.


Acadêmicas:
Anita Dalpiaz, Aline Dias, Larissa Negreiros, Suélen Souza e Tamires Rocha




quarta-feira, 26 de junho de 2013

Brincar nos Anos Inciais

Brincar nas Séries Iniciais
 A história do brincar
            Fazendo uma retrospectiva do tempo e analisando o ato de brincar, podemos verificar que o “brincar” está presente em todas as épocas, desde os tempos mais remotos até a atualidade. Na Pré-história o brincar é algo natural para o ser humano.
No Egito e na Grécia, até mesmo os adultos brincavam, isto é, toda a família fazia parte desse ato de brincar, na educação, no fato de ensinar os ofícios e as artes para as crianças. O primeiro a demonstrar interesse pelo estudo do lúdico foi Platão, que aponta a importância dos jogos no desenvolvimento da aprendizagem das crianças, principalmente nas áreas exatas (matemática).
Com o crescimento do Cristianismo na Idade Média, a igreja considerava o jogo como algo profano e por esse motivo na educação aconteceu um retrocesso, em relação ao lúdico.
Com a metodologia usada pelos jesuítas o lúdico volta a ter um destaque importante, principalmente no estudo da gramática e da ortografia.
Foi mais ou menos entre os séculos XVII e XVIII que se fez uma diferenciação entre a fase adulta e a fase da infância, apareceram então novos conceitos a respeito do crescimento da criança, valorizando as características essenciais da infância.
Alguns teóricos como Pestalozzi, Dewey, Rousseau, Fröebel e Montessori, trouxeram muitas contribuições para a educação em relação ao uso do jogo para as crianças em idade escolar.
Podemos citar também duas interferências importantes para a educação, aparecem aí Vygotsky e Piaget com novas contribuições científicas, dando muito mais ênfase na aprendizagem. Vygotsky acredita em uma função importantíssima do faz-de-conta, do jogo que é a parte pedagógica. Já Piaget dá um sentido mais amplo para o jogo em seus estudos.
Ao analisar à prática pedagógica dos professores, se pode observar que com ansiedade de aplicarem os conteúdos propostos deixam de lado a ludicidade, por não terem o embasamento teórico do lúdico em seu cotidiano escolar. Não é por falta de condições do sistema escolar, pois cabe a cada professor buscar motivação e preparar aulas mais estimulantes que auxiliam os alunos a obterem autonomia, preparando-os para que possam se tornar sujeitos críticos de suas ações no meio em que vivem. Por este motivo, aprofundar-se sobre o lúdico é tão necessário, levando a uma reflexão das práticas pedagógicas.
Alguns docentes da educação do Ensino Fundamental não acreditam que quando pensamos em brincar, não há tempo perdido, pois não percebem que o lúdico desenvolve o processo de aprendizado do educando. Assim temos o objetivo maior de possibilitar a reflexão dos educadores, conscientizando-os de que os jogos, os limites, as regras, o lazer são prazeres que estimulam o convívio social, permitindo o contato da criança com o ambiente na qual interage, construindo assim seu conhecimento.
A grande preocupação surgiu porque alguns docentes da educação do Ensino Fundamental não acreditam que quando pensamos em brincar, não há tempo perdido, pois não percebem que o lúdico desenvolve o processo de aprendizado do educando. Assim temos o objetivo maior de possibilitar a reflexão dos educadores, conscientizando-os de que os jogos, os limites, as regras, o lazer são prazeres que estimulam o convívio social, permitindo o contato da criança com o ambiente na qual interage, construindo assim seu conhecimento. O lúdico é essencial para uma vida saudável e um melhor desenvolvimento, neste processo a criança inventa suas maneiras de brincar, onde o mundo do faz-de-conta torna-se um meio indispensável para a aprendizagem. Sendo assim, elas usam sua imaginação e criatividade, desenvolvendo sua afetividade através do convívio com outras crianças, das relações e das diferentes formas de comportamento.
O Referencial Curricular Nacional para Ensino Fundamental (BRASIL, 1998) afirma que por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia (jogo simbólico): os significados das coisas passam a ser imaginadas por elas.
Essa técnica tão utilizada na Educação Infantil pode ser um grande aliado para os professores das séries iniciais, por ser uma forma de propiciar entre os alunos o desenvolvimento em grupo. Esse assunto é tão intrigante que vários estudiosos apresentam estudos sobre o brincar e a criança, mostrando o quanto é importante esse recurso para o desenvolvimento das mesmas.

Jogo
Essa técnica tão utilizada na Educação Infantil pode ser um grande aliado para os professores das séries iniciais, por ser uma forma de propiciar entre os alunos o desenvolvimento em grupo. Esse assunto é tão intrigante que vários estudiosos apresentam estudos sobre o brincar e a criança, mostrando o quanto é importante esse recurso para o desenvolvimento das mesmas. Dentre eles estão Vigotsky e Piaget. Cada um tem seu ponto de vista, no entanto ambos concordam que a brincadeira é um ótimo exercício para a aprendizagem.
 Vigotsky (1991) o processo de aprendizagem e o desenvolvimento da criança vêm do brincar, pelo fato da criança reproduzir experimentações e de conviver com outras crianças. Por esse pensamento perceber-se o quanto o brincar traz conhecimentos e aprendizagem para o desenvolvimento do individuo, não só criança como adulto também.
Assim as brincadeiras fazem parte do patrimônio lúdico-cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e ensinamentos.
          De acordo com Cunha, o brincar para criança é importante, por ser:
• Porque é bom, é gostoso e dá felicidade e, ser feliz é estar mais predisposto a ser bondoso, a amar o próximo e a partilhar fraternalmente;
• Porque brincando que a criança se desenvolve, exercitando suas potencialidades;
• Porque brincando a criança aprende com toda riqueza do aprender fazendo espontaneamente, sem pressão ou medo de errar, mas com prazer pela aquisição do conhecimento;
• Porque brincando, a criança desenvolve a sociabilidade, faz amigos e aprender a conviver respeitando o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo;
• Porque brincando, aprende a participar das atividades, gratuitamente, pelo prazer de brincar, sem visar recompensa ou temer castigo, mas adquirindo o habito de estar ocupada, fazendo alguma coisa inteligente e criativa;
• Porque brincando, prepara-se para o futuro, experimentando o mundo ao seu redor dentro dos limites que a sua condição atual permite;
• Porque brincando a criança está nutrindo sua vida interior, descobrindo sua vocação e buscando um sentido para sua vida. (CUNHA, 1994, pg. 11)
O brincar estimula a curiosidade, a iniciativa e a autoconfiança. Proporciona aprendizagem, desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. Sendo indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança.
É uma arte, um Dom natural que, quando bem cultivado, irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto. Com o brincar há o reequilíbrio, há reciclagem das emoções e a necessidades de reconhecer e reinventar. ]
É brincando que a criança mergulha na vida, a sentindo em todas as suas possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece à expressão de uma realidade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento as expectativas sociais e familiares.

O brincar também tem a função da dramatização de situações e de conflitos, por meio da brincadeira a criança coloca para fora suas emoções, frustrações transferindo tudo que está sentindo no momento da brincadeira e tudo que está guardado em seu interior. Geralmente é por meio das brincadeiras que descobrimos se a criança está passando por algum tipo de problema. Com a atividade lúdica a criança aprende com prazer e a aula se torna cada vez mais cativante e assim a participação dos alunos é muito mais ativa.
“A criança ao brincar transfere toda sua emoção para a vida real.” (BROUGÉRE, 1998, pg. 138)
            Infelizmente só conseguimos visualizar essa situação na pré-escola, pois quando as crianças entram no Ensino Fundamental, os professores se prendem a cartilha, a lousa, ou seja, a cumprir conteúdos esquecendo que o aluno está em fase de transição do mundo fantástico da pré-escola para o mundo das letras que para alguns se torna um pesadelo.
            Mas não podemos deixar de salientar que há professores que levam a brincadeira para a sala de aula e assim obtém mais êxito na aprendizagem de seus alunos por tornarem a aula atrativa prendendo assim atenção dos alunos e ganhando a interação entre eles.
Atividade para interação de grupo:
CAI NÃO CAI: É um jogo que precisa de atenção e habilidade motora.
REGRAS: No jogo possuem varetas e bolas de gude, estas bolas não podem ir para o fundo, mas é necessário que sejam tiradas pelos  jogadores as varetas, para que não caia as bolas é preciso que retire as varetas de maneira que as bolas não caia, quando cair a última bola é o vencedor.
Cada vareta possui uma cor e cada cor tem uma determinada quantidade de pontos:
VERDE: 05 pontos
VERMELHO: 10 pontos
AMARELO: 15 pontos
AZUL: 20 pontos
PRETA: 50 pontos
Quantidade de jogadores: 04 jogadores.
Após cair a última vareta somam-se os pontos e vejam quem é o verdadeiro vencedor.

DOHME, Vânia. O Valor Educacional dos Jogos (Jogos e dicas para Empresas e Instituições de Educação). Petrópolis: Vozes, 2008, pg. 22-23.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia (Saberes necessários à prática educativa). São Paulo: Paz e Terra, 1996.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Tradução José Cipolla Neto, Luis S. M. Barreto e Solange C. Afeche. São Paulo: Martins Fontes, 1984, pg168.

GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS

Claudia Santos, Daniela Arboite, Francieli Medeiros, Magnólia Queirós

A partir na criação dos PCN’s e das políticas publicas que modificavam a educação brasileira, a geografia também tem seu papel ampliado na escola. Tanto nos anos iniciais como na Educação Infantil, a geografia torna-se significativa, pois passa a  considerar todo contexto do nível educacional que o educando encontra-se.
Neste sentido é fundamental que as práticas pedagógicas estejam voltadas para leitura de mundo, pois vivemos em sociedade e muito mais do quer ler letras é preciso que os alunos aprendam desde sempre a exercitar a cidadania.

Não se espera que uma criança de sete anos possa compreender toda a complexidade das relações do mundo com o seu lugar de convívio e vice-versa. No entanto, privá-las de estabelecer hipóteses, observar, descrever, representar e construir suas explicações é uma prática que não condiz mais com o mundo atual e uma Educação voltada para a cidadania. (Straforini, 2001, p. 56-57)

LER O MUNDO:
Ler o espaço é uma das maneiras de ler o mundo. É importante destacar que a geografia não se limita a leitura cartográfica (de mapas), até porque esta pode ter distorções devido as projeções, isso não quer dizer que não se deve ler mapas com as crianças, mas que deve-se ir além disso e instigar nas crianças um olhar questionador/ crítico sobre os problemas sociais do espaço onde vivem (sala de aula, escola, bairro, cidade e etc), isto é, leitura de mundo, construída dia a dia. O professor deve levar os alunos a pensar nos limites que nos são impostos, tanto no âmbito da natureza como social.



LUGAR DA GEOGRAFIA NOS ANOS INICIAIS


No primeiro ciclo
Os alunos devem ser capazes de identificar, em seu cotidiano, manifestações da relação entre sociedade e natureza. As crianças devem saber comparar as características da paisagem local com as de outros lugares. Ler, interpretar e representar o espaço usando mapas simples.

No segundo ciclo

Os estudantes devem saber explicar como acontece a interação entre as regiões urbanas e rurais no Brasil, utilizando a comparação de elementos sociais e naturais que as compõem. Os alunos devem conseguir distinguir as semelhanças e as diferenças entre os modos devida nas cidades e no campo.
Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes para as sociedades urbanas e rurais. Fazer relações entre as ações da sociedade e suas decorrências para o meio ambiente.Observar, descrever, explicar e comparar paisagens urbanas e rurais. No segundo ciclo, os alunos devem estar aptos a observar, descrever, explicar, comparar e representar paisagens urbanas e rurais. Esses são os requisitos para a interpretação de imagens e de paisagens. No entanto, eles devem saber que essa primeira leitura pode ser questionada, comparada e enriquecida com pesquisas feitas posteriormente.


BLOCOS TEMÁTICOS DO PCN:


Os Pcn's indicam alguns assuntos como blocos temáticos à serem trabalhados.



Tudo é natureza:

Esse tema visa incentivar a criança a observar a natureza contida em seu dia a dia. Pretende também que a criança pesquisem sobre os hábitos de consumo de cada cultura e sua influencia sobre a natureza.


Conservando o Ambiente:

Nesse bloco o professor deve focar nas diversas relações humanos/ natureza. (Energias renováveis, Saneamento.)


Transformando a Natureza:

Esse bloco fala sobre as diferentes paisagens contidas em cada espaço e em cada época, relatando sobre as mudanças enfrentadas pela natureza frente à abordagem humana. Fala também sobre os grupos sociais – índios, imigrantes, etc. - e sua relação com a natureza.


O lugar e a paisagem:

Nesse bloco o professor deve considerar a realidade do aluno, bem como seus tipos de moradia. Dessa forma pode-se abordar questões sociais e também as regras locais e porque elas foram estabelecidas de tal maneira.



Sugestão de assuntos

- Qualidade de vida;
- Sistema Solar;
- Desperdício de alimentos;
- Locomoção;
- Impacto Ambiental;
- Leitura e interpretação de mapas e escalas;
- Moradias;
- Mudanças climáticas;
- O que você vê, o que você não vê?;
- Culturas;
- Pecuária e Agropecuária;
- A casa, a escola, a rua, o bairro (a que grupo pertenço?);
- Etnias;
- Paisagens diferentes;


Podemos utilizar esses e outros assuntos para produzir boas aulas para nossos alunos. Cabe a nós tornar a geografia um assunto interessante e importante aos alunos.



Atividades
* Barômetro
Barômetro ou barómetro é um instrumento utilizado para medir a pressão atmosférica que auxilia bastante na previsão do tempo. Vamos agora ensinar como fazer um barômetro caseiro para monitorar a pressão atmosférica onde mora!
Material:
- 1 copo de vidro (preferencialmente um vidro de maionese);
- 1 bexiga (balão);
- 1 elástico de escritório;
- 1 palito de picolé ou canudo de refresco/refrigerante;
- cola;
- tesoura.
Observação importante: Preferencialmente faça o seu barômetro quando o céu estiver ligeiramente nublado (poucas variações de nuvens).

Como proceder?
Com a tesoura, corte a metade debaixo da bexiga e com a parte de cima vede a boca do copo de vidro. O copo terá que ficar totalmente fechado! Com a gominha de escritório (elástico), enrole na boca do copo para que fique bem presa e não vaze ar. Se quiser colar a bexiga no copo para que a vedação aumente, ótimo!

Bem, agora temos um copo com a boca vedada pela bexiga. Coloque um pingo de cola na ponta do palito de picolé (ou canudo) e o cole no centro da bexiga (no centro do copo) de forma que a outra ponta do palito (ou canudo) fique para fora do copo! Coloque um peso em cima para esperar a secagem. Uma tira de lata (opcional), presa ao vidro com fita adesiva, servirá de escala 
Como usar:
Ao diminuir a pressão atmosférica ambiente, o ar aprisionado no interior do copo, por ter pressão maior, forçará a membrana do balão para fora — a ponta de fora do palito ou canudo vai abaixar (baixa pressão, tempo ruim).

Ao aumentar a pressão atmosférica ambiente, a membrana do balão se ‘abaulará’ para dentro — a ponta do palito ou canudo vai subir (alta pressão, tempo bom).
Observação adicional: Esse barômetro não deve ser utilizado como referência principal, pois para se realizar previsões do tempo, além de contarmos com barômetro profissional e devidamente calibrado, contamos também com outras referências adicionais. Um outro motivo é que esse barômetro caseiro é sensível à temperatura, o que o torna pouco preciso quando há grande variação de temperatura.

* Leitura e construção de Mapas

Tirar fotos de um mesmo lugar em diferentes ângulos. Fazer a representação do lugar em forma de desenhos. E em seguida construir maquetes a partir dos desenhos.
Partindo daí a construção do mapa como mostrado nas fotos.


Referências
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: geografia/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
STRAFORINI, R. Ensinar geografia nas séries iniciais: o desafio da totalidade mundo. São Paulo: Anablume, 2004.




quinta-feira, 20 de junho de 2013

MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

                                                                         
                                                                 ACADÊMICAS 

ANA

CAROLINE 
IRACELI
JÉSSICA CARDOSO
THAIS













UM POUCO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA...






Há mais de 10.000 anos, no Oriente Médio, o aumento da população e a escassez de comida levaram o homem a desenvolver formas mais elaboradas de atividades humanas.
No momento em que a reserva de alimentos passaram a existir para suprir as necessidades  da população que aumentava, iniciou-se primitivamente, uma modalidade de comercio baseada em trocas. Assim nasceu a contagem.
A agricultura por exemplo, passou a exigir o conhecimento do tempo, das estações do ano , das fases da lua. Foi preciso a sucessão dos dias e das noites para que surgissem os primeiros calendários. A necessidade de contar surgiu então,quando o sentido numérico não era mais suficiente, pois somente funcionava para perceber pequenas quantidades.


CONCEITO DA MATEMÁTICA 


A matemática tem uma significativa herança cultural, sendo um modo de compreender um conjunto de conhecimentos  específicos. No meio em que vivemos, ela está presente nas mais diversas ações cotidianas e nas diferentes áreas do conhecimento.
Ensinar matemática é promover o desenvolvimento da competência matemática e com ela contribuir para a formação de cidadãos críticos, capazes de participar e atuar solidariamente no mundo em que vive.
Ter predisposição para raciocinar matematicamente, fazer estimativas e verificar resultados obtidos, usar a matemática e relacioná-la a outras áreas do conhecimento e do dia a dia, percebendo sua utilidade são competências  que os alunos só desenvolverão se lhes forem oportunizadas  experiencias de aprendizagem ricas, significativas, variadas e adequadas à faixa etária e ao desenvolvimento cognitivo do educando.
As crianças vivem em um mundo rodeado de matemática e estão em constante contato seja: nas quantidades, espacialidades, temporalidades, medidas e contagens. As mesmas começam quando as crianças ainda são pequenas, mostrando a idade com os dedos, quando repartem bala ou uma barra de chocolate, procuram estratégias para dividir diferentes quantidades em partes iguais. Desde bebês observam caminhos a partir de um ou mais pontos de referência, identificam posições, estimam e comparam distâncias. Contam suas figurinhas e as colam em álbuns mesmo que neles não tenham a imagem da figura, somente o número que provavelmente, elas reconhecem por que comparação ou pela identificação dos algarismos que o compõe.
 As primeiras noções matemáticas de contagem, temporais, de medidas e de proporcionalidade são construídas a partir de experiências reais em um mundo de objetos, formas, cores, quantidades, em histórias  que as crianças ouvem, recriam ou inventam em suas brincadeiras infantis, de faz de conta.
Hoje em dia a maioria das crianças desde pequena lidam com jogos eletrônicos, telefones celulares e computadores e desenvolvem habilidades para descobrir funcionamentos e possibilidades para ultrapassar obstáculos, desenvolvendo a coordenação motora, descobrindo e criando estratégias.



Incluir metodologias que busquem inovar e contextualizar o ensino na sala de aula no intuito de levar o estudante a construir e compreender a matemática e seus procedimentos que o auxilie na formalização de diferentes conceitos da disciplina parece ser uma alternativa para desmistificar ou “descomplicar” a matemática. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) comentam que ao problematizar situações cotidianas articuladas aos conceitos matemáticos permitem que o estudante faça inter-relações entre os seus vários conceitos e entre os seus diversos modos de representação, superando obstáculos desde os mais simples até aqueles que significam verdadeiras barreiras epistemológicas no seu desenvolvimento.
Existem diversas formas de desencadear os conceitos da Matemática e a prática pedagógica escolhida pelo professor é determinante nesse contexto. É papel do educador fornecer subsídios para que os estudantes compreendam tanto os conceitos abstratos quanto as manipulações simbólicas, que são consideradas insuficientes na maioria das salas de aula.



O QUE SE ESPERA DO ALUNO



O que se espera desses alunos em sala de aula é que descubram que são capazes de aprender matemática e que ela faz sentido para a sua vida.

Objetivos de Matemática para o primeiro ciclo, segundo o PCN

• Construir o significado do número natural a partir de seus diferentes
usos no contexto social, explorando situações-problema que envolvam
contagens, medidas e códigos numéricos.

• Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre
elas, com base na observação de regularidades, utilizando-se da
linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática.

• Resolver situações-problema e construir, a partir delas, os significados
das operações fundamentais, buscando reconhecer que uma mesma
operação está relacionada a problemas diferentes e um mesmo problema
pode ser resolvido pelo uso de diferentes operações.

• Desenvolver procedimentos de cálculo — mental, escrito, exato,
aproximado — pela observação de regularidades e de propriedades das
operações e pela antecipação e verificação de resultados.

Objetivos de Matemática para o segundo ciclo, segundo o PCN

• Ampliar o significado do número natural pelo seu uso em situações problema e pelo reconhecimento de relações e regularidades.

• Construir o significado do número racional e de suas representações
(fracionária e decimal), a partir de seus diferentes usos no contexto social.

• Interpretar e produzir escritas numéricas, considerando as regras do
sistema de numeração decimal e estendendo-as para a representação
dos números racionais na forma decimal.

• Resolver problemas, consolidando alguns significados das operações
fundamentais e construindo novos, em situações que envolvam números
naturais e, em alguns casos, racionais.


JOGOS E DESAFIOS


São fonte de situações problemas cuja resolução exige tomada de decisão. Realizados quase sempre em duplas ou grupos, pela interação entre os participantes, promovem a comunicação e contribuem para o desenvolvimento da linguagem. Favorecem o trabalho cooperativo e contribuem de forma articulada para o desenvolvimento da competência matemática e para o crescimento social do aluno.

                                                Dominó de Figuras Geométricas


                                                       Dominó de Adição e subtração

                                                     Jogo da memória de frações 

MATERIAIS MANIPULATIVOS (BLOCO LÓGICO, ÁBACO, MATERIAL DORADO...)

É um recurso privilegiado como suporte para a realização de tarefas escolares que promovem atividades de investigação e comunicação matematica entre os alunos.

ÁBACO
Confeccionar com os alunos. Trabalhar centena, dezena e unidade.



LITERATURA INFANTIL

São fonte de tarefas reflexivas e de formulação de problemas, que alimenta a a imaginação e a criatividade. Os livros podem levar os alunos ao mundo dos números, das formas, favorecendo as abstrações matemáticas. Desta forma ficcional, os alunos recriam com suas próprias ideias, e atraves da literatura aprendem matemática de maneira prazerosa.

Atividade Boliche do saci

Cada pino terá um saci colado na frente e dentro da roupa do saci terá um número. Cada aluno na sua vez lança a bola, vê quantos pinos derrubou e então retira o cartão que esta na roupa do saci e então soma esses números. Vence o aluno que somar mais pontos no boliche.



RECURSOS TECNOLOGICOS



SUGESTÕES DE ATIVIDADES

bingo das operações(adição e subtração)

                                                    jogo do boole



                               trilha (parque de diversão)


                                               trilha das formas geométricas




FONTE

Matemática: reflexões no ensino, reflexos na aprendizagem/ Ana Maria Beltrão Gigante e Monica Bertoni dos Santos. Erechim: Edelbra 2012.
Coleção Entre nós anos finais do ensino fundamental.