Brincar
nas Séries Iniciais
A
história do brincar
Fazendo
uma retrospectiva do tempo e analisando o ato de brincar, podemos verificar que
o “brincar” está presente em todas as épocas, desde os tempos mais remotos até
a atualidade. Na Pré-história o brincar é algo natural para o ser humano.
No Egito e na Grécia, até mesmo
os adultos brincavam, isto é, toda a família fazia parte desse ato de brincar,
na educação, no fato de ensinar os ofícios e as artes para as crianças. O
primeiro a demonstrar interesse pelo estudo do lúdico foi Platão, que aponta a
importância dos jogos no desenvolvimento da aprendizagem das crianças,
principalmente nas áreas exatas (matemática).
Com o crescimento do Cristianismo
na Idade Média, a igreja considerava o jogo como algo profano e por esse motivo
na educação aconteceu um retrocesso, em relação ao lúdico.
Com a metodologia usada pelos
jesuítas o lúdico volta a ter um destaque importante, principalmente no estudo
da gramática e da ortografia.
Foi mais ou menos entre os séculos
XVII e XVIII que se fez uma diferenciação entre a fase adulta e a fase da
infância, apareceram então novos conceitos a respeito do crescimento da
criança, valorizando as características essenciais da infância.
Alguns teóricos como Pestalozzi,
Dewey, Rousseau, Fröebel e Montessori, trouxeram muitas contribuições para a
educação em relação ao uso do jogo para as crianças em idade escolar.
Podemos citar também duas
interferências importantes para a educação, aparecem aí Vygotsky e Piaget com
novas contribuições científicas, dando muito mais ênfase na aprendizagem.
Vygotsky acredita em uma função importantíssima do faz-de-conta, do jogo que é
a parte pedagógica. Já Piaget dá um sentido mais amplo para o jogo em seus
estudos.
Ao analisar à prática pedagógica dos
professores, se pode observar que com ansiedade de aplicarem os conteúdos
propostos deixam de lado a ludicidade, por não terem o embasamento teórico do
lúdico em seu cotidiano escolar. Não é por falta de condições do sistema
escolar, pois cabe a cada professor buscar motivação e preparar aulas mais
estimulantes que auxiliam os alunos a obterem autonomia, preparando-os para que
possam se tornar sujeitos críticos de suas ações no meio em que vivem. Por este
motivo, aprofundar-se sobre o lúdico é tão necessário, levando a uma reflexão
das práticas pedagógicas.
Alguns docentes da educação do
Ensino Fundamental não acreditam que quando pensamos em brincar, não há tempo
perdido, pois não percebem que o lúdico desenvolve o processo de aprendizado do
educando. Assim temos o objetivo maior de possibilitar a reflexão dos
educadores, conscientizando-os de que os jogos, os limites, as regras, o lazer
são prazeres que estimulam o convívio social, permitindo o contato da criança
com o ambiente na qual interage, construindo assim seu conhecimento.
A grande
preocupação surgiu porque alguns docentes da educação do Ensino Fundamental não
acreditam que quando pensamos em brincar, não há tempo perdido, pois não
percebem que o lúdico desenvolve o processo de aprendizado do educando. Assim
temos o objetivo maior de possibilitar a reflexão dos educadores,
conscientizando-os de que os jogos, os limites, as regras, o lazer são prazeres
que estimulam o convívio social, permitindo o contato da criança com o ambiente
na qual interage, construindo assim seu conhecimento. O lúdico é essencial para
uma vida saudável e um melhor desenvolvimento, neste processo a criança inventa
suas maneiras de brincar, onde o mundo do faz-de-conta torna-se um meio
indispensável para a aprendizagem. Sendo assim, elas usam sua imaginação e
criatividade, desenvolvendo sua afetividade através do convívio com outras
crianças, das relações e das diferentes formas de comportamento.
O Referencial Curricular Nacional
para Ensino Fundamental (BRASIL, 1998) afirma que por meio dos jogos as
crianças não apenas vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar
com símbolos e a pensar por analogia (jogo simbólico): os significados das
coisas passam a ser imaginadas por elas.
Essa técnica tão utilizada na
Educação Infantil pode ser um grande aliado para os professores das séries
iniciais, por ser uma forma de propiciar entre os alunos o desenvolvimento em
grupo. Esse assunto é tão intrigante que vários estudiosos apresentam estudos
sobre o brincar e a criança, mostrando o quanto é importante esse recurso para
o desenvolvimento das mesmas.
Jogo
Essa técnica tão utilizada na
Educação Infantil pode ser um grande aliado para os professores das séries
iniciais, por ser uma forma de propiciar entre os alunos o desenvolvimento em
grupo. Esse assunto é tão intrigante que vários estudiosos apresentam estudos
sobre o brincar e a criança, mostrando o quanto é importante esse recurso para
o desenvolvimento das mesmas. Dentre eles estão Vigotsky e Piaget. Cada um tem
seu ponto de vista, no entanto ambos concordam que a brincadeira é um ótimo
exercício para a aprendizagem.
Vigotsky (1991) o processo de aprendizagem e o
desenvolvimento da criança vêm do brincar, pelo fato da criança reproduzir
experimentações e de conviver com outras crianças. Por esse pensamento
perceber-se o quanto o brincar traz conhecimentos e aprendizagem para o
desenvolvimento do individuo, não só criança como adulto também.
Assim as brincadeiras fazem parte do patrimônio lúdico-cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e ensinamentos.
De acordo com Cunha, o brincar para criança é importante, por ser:
• Porque é bom, é gostoso e dá felicidade e, ser feliz é estar mais predisposto a ser bondoso, a amar o próximo e a partilhar fraternalmente;
• Porque brincando que a criança se desenvolve, exercitando suas potencialidades;
• Porque brincando a criança aprende com toda riqueza do aprender fazendo espontaneamente, sem pressão ou medo de errar, mas com prazer pela aquisição do conhecimento;
• Porque brincando, a criança desenvolve a sociabilidade, faz amigos e aprender a conviver respeitando o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo;
• Porque brincando, aprende a participar das atividades, gratuitamente, pelo prazer de brincar, sem visar recompensa ou temer castigo, mas adquirindo o habito de estar ocupada, fazendo alguma coisa inteligente e criativa;
• Porque brincando, prepara-se para o futuro, experimentando o mundo ao seu redor dentro dos limites que a sua condição atual permite;
• Porque brincando a criança está nutrindo sua vida interior, descobrindo sua vocação e buscando um sentido para sua vida. (CUNHA, 1994, pg. 11)
Assim as brincadeiras fazem parte do patrimônio lúdico-cultural, traduzindo valores, costumes, formas de pensamento e ensinamentos.
De acordo com Cunha, o brincar para criança é importante, por ser:
• Porque é bom, é gostoso e dá felicidade e, ser feliz é estar mais predisposto a ser bondoso, a amar o próximo e a partilhar fraternalmente;
• Porque brincando que a criança se desenvolve, exercitando suas potencialidades;
• Porque brincando a criança aprende com toda riqueza do aprender fazendo espontaneamente, sem pressão ou medo de errar, mas com prazer pela aquisição do conhecimento;
• Porque brincando, a criança desenvolve a sociabilidade, faz amigos e aprender a conviver respeitando o direito dos outros e as normas estabelecidas pelo grupo;
• Porque brincando, aprende a participar das atividades, gratuitamente, pelo prazer de brincar, sem visar recompensa ou temer castigo, mas adquirindo o habito de estar ocupada, fazendo alguma coisa inteligente e criativa;
• Porque brincando, prepara-se para o futuro, experimentando o mundo ao seu redor dentro dos limites que a sua condição atual permite;
• Porque brincando a criança está nutrindo sua vida interior, descobrindo sua vocação e buscando um sentido para sua vida. (CUNHA, 1994, pg. 11)
O brincar estimula a curiosidade,
a iniciativa e a autoconfiança. Proporciona aprendizagem, desenvolvimento da
linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. Sendo indispensável à
saúde física, emocional e intelectual da criança.
É uma arte, um Dom natural que,
quando bem cultivado, irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio
do adulto. Com o brincar há o reequilíbrio, há reciclagem das emoções e a
necessidades de reconhecer e reinventar. ]
É brincando que a criança
mergulha na vida, a sentindo em todas as suas possibilidades. No espaço criado
pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece à expressão de uma realidade
interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento as
expectativas sociais e familiares.
O brincar também tem a função da dramatização de situações e de conflitos, por meio da brincadeira a criança coloca para fora suas emoções, frustrações transferindo tudo que está sentindo no momento da brincadeira e tudo que está guardado em seu interior. Geralmente é por meio das brincadeiras que descobrimos se a criança está passando por algum tipo de problema. Com a atividade lúdica a criança aprende com prazer e a aula se torna cada vez mais cativante e assim a participação dos alunos é muito mais ativa.
“A criança ao brincar transfere toda sua emoção para a vida real.” (BROUGÉRE, 1998, pg. 138)
Infelizmente só conseguimos visualizar essa situação na pré-escola, pois quando as crianças entram no Ensino Fundamental, os professores se prendem a cartilha, a lousa, ou seja, a cumprir conteúdos esquecendo que o aluno está em fase de transição do mundo fantástico da pré-escola para o mundo das letras que para alguns se torna um pesadelo.
Mas
não podemos deixar de salientar que há professores que levam a brincadeira para
a sala de aula e assim obtém mais êxito na aprendizagem de seus alunos por
tornarem a aula atrativa prendendo assim atenção dos alunos e ganhando a
interação entre eles.
Atividade
para interação de grupo:
CAI NÃO
CAI: É um jogo que precisa de atenção e habilidade motora.
REGRAS: No jogo possuem varetas e bolas de gude, estas
bolas não podem ir para o fundo, mas é necessário que sejam tiradas pelos jogadores as varetas, para que não caia as
bolas é preciso que retire as varetas de maneira que as bolas não caia, quando
cair a última bola é o vencedor.
Cada vareta possui uma cor e cada cor tem uma determinada
quantidade de pontos:
VERDE: 05 pontos
VERMELHO: 10
pontos
AMARELO: 15 pontos
AZUL: 20 pontos
PRETA: 50 pontos
Quantidade de jogadores: 04 jogadores.
Após cair a última vareta somam-se os pontos e
vejam quem é o verdadeiro vencedor.
DOHME, Vânia. O Valor Educacional dos Jogos (Jogos
e dicas para Empresas e Instituições de Educação). Petrópolis: Vozes, 2008, pg.
22-23.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia (Saberes necessários à prática educativa). São Paulo: Paz e Terra, 1996.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Tradução José Cipolla Neto, Luis S. M. Barreto e Solange C. Afeche. São Paulo: Martins Fontes, 1984, pg168.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia (Saberes necessários à prática educativa). São Paulo: Paz e Terra, 1996.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Tradução José Cipolla Neto, Luis S. M. Barreto e Solange C. Afeche. São Paulo: Martins Fontes, 1984, pg168.
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